sábado, 31 de maio de 2008
Elementar, meu caro Watson...
O elefante já havia matado 27 pessoas, sendo 14 delas só no último mês. O delicado animal vinha colocando terror nos moradores do estado de Assam, no noroeste do país. Além de matar, o elefantes destruia tudo que encontrava pela frente.
Foram disparados 20 tiros para que o bichinho fosse "acalmado".
O nome do animal? Ah sim, Osama bin Laden!
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Imagens
terça-feira, 20 de maio de 2008
Last(week)Fm
Algumas coisas custam mais do que você pensa...
Ano passado o Radiohead fez algo inusitado, colocou seu novo álbum, “In Rainbows”, para ser vendido digitalmente. A surpresa girava em torno de que o comprador decidiria quanto gostaria de pagar pelo álbum. Com isso o grupo inglês fez duas críticas; a primeira, óbvia, às gravadoras, que cobram preços abusivos e a segunda, e mais sutil, aos compradores que justificam seus downloads dizendo que os preços cobrados pelas gravadoras são muito altos; já que nessa compra não haveria nenhuma gravadora entre a banda e o comprador uma pergunta era feita: “Agora, sem ninguém para ser usado como desculpa, quanto você paga?”
A média paga foi de 4 libras. Aproximadamente um quarto dos internautas que baixou o CD não pagou sequer um centavo por ele, ou seja, toda a crítica direcionada às grandes gravadoras se mostrou apenas blá blá blá no final das contas.
Falei tudo isso apenas para comentar a nova campanha da MTV americana, que tem como trilha sonora a música “All I Need”, que faz parte do comentado CD. O vídeo da campanha mostra duas crianças, uma provavelmente americana e a outra uma criança oriental, do Vietnam , Tailândia ou algum dos países produtores de manufaturados.
O link para assistir o vídeo é este: http://www.youtube.com/watch?v=4Drxbr6N8Ro
O final do vídeo é previsível, mas não é isso que importa, e sim o que a campanha quer passar. É algo a ser pensado, como podemos ter produtos com preços tão baixos (ou não, nike, adidas e companhia são fabricados nestes mesmos países, porém sem o preço baixo na hora da venda), será possível que o fabricante respeite todas leis do trabalho? Ou mais, países como a China deixam o meio ambiente de lado e poluem deliberadamente, apenas em busca de preços mais competitivos.
Depende de nós consumidores pensarmos antes de optar por um produto apenas porque possui um preço melhor do que o outro, ou porque tal marca é mais legal do que a outra. Em tempos de aquecimento global e escravidão infantil, temos que pensar um pouco nos outros que podem estar envolvidos no processo.
Ensaio Sobre a Cegueira
Ok, voltando para o “Ensaio Sobre a Cegueira”. O livro parece ser uma obra de dificílima adaptação para os cinemas. Temos desde personagens sem nome até a dificuldade de reproduzir um mundo assolado pela “cegueira branca”. No trailer vemos algumas imagens de tal mundo reproduzido por Meirelles, em uma das cenas vemos imagens do Minhocão, um dos locais de gravação foi São Paulo, além do Canadá e Uruguai.
Outra dificuldade, e que nesse caso é uma das principais características do livro é que enquanto lemos, somos mais um dos atingidos pela cegueira. São extremamente raras as descrições de personagens. O autor nos transmite a enfermidade misteriosa enquanto passeamos pelas páginas.
O livro possui algumas passagens fortes, cenas de violência física e sexual. Devido a pesquisas feitas pela Miramax, distribuidora do filme, a audiência não está respondendo bem às cenas. Para adequar o filme ao público, Meirelles cortou algumas das passagens mais fortes. O que é uma pena. O livro não é apenas uma historinha, o autor não o escreveu para passar a mão na cabeça do leitor como se tudo estivesse bem, o que, acredito eu, nunca será feito por Saramago.
As opiniões estão divididas, alguns acreditam que Meirelles e toda equipe fizeram um bom trabalho, porém outros acreditam que seja difícil uma boa adaptação. O trailer passou uma boa primeira impressão. Agora temos que esperar para assistir e tirarmos nossas próprias conclusões. Fica aí o trailer e o poster-teaser do filme.
9
Estava cercado por pessoas, não eram muitas, mas eram o suficiente para que uma pessoa não possa se dizer sozinha, mas assim ele se sentia. Parecia que tudo estava parado e sua única companhia eram as poucas, longínquas e tristes estrelas. Ele as olhava e elas, simpáticas, retribuíam seu olhar, pareciam acenar e dançar para diverti-lo.
Assoprou o ar para fora dos pulmões e observou a fumaça sair de sua boca. Com isso pareceu ter sido levado a outro lugar. Pensou como era engraçado, essa imagem antes o levava a um lugar, depois de um certo dia passou a leva-lo a outro. Tinha certeza, alguém novo havia aparecido ao seu lado. Não tinha coragem de olhar, passaram-se alguns segundos, ele olhou. Lá estava ela, a felicidade preencheu-o, não podia acreditar, lá estava ela. Olhou para frente, os carros passavam rapidamente, muitos deles, de todas as cores e formatos, com motoristas de mais cores e formatos dentro deles.
Venceu o medo, lentamente moveu sua mão um pouco para o lado e tocou na dela. Segurou-a firmemente. Apertou-a, não a soltaria de maneira nenhuma. Então cometeu seu maior erro, o maior de sua vida. Piscou, e tudo foi embora. Continuava lá, sentado, cercado, porém sentindo-se sozinho, apenas com as estrelas.
Veremos...
Vou por alguns dos textos do outro que eu acho que merecem continuar aqui.
Vamos ver se esse se comporta melhor.