terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A melhor atuação da década



Fim de década é assim mesmo, lista pra lá, lista pra cá. É tanta lista que você fica nervoso quando vê uma nova de "melhores da década". Mas o New York Times resolveu, brilhantemente, inovar. Atores e atrizes conhecidos de Hollywood foram escolhidos para dar seus depoimentos dizendo quais foram as melhores atuações da década.


Achei interessante a diversidade de nomes que apareceu, desde escolhas que por um lado podem ser chamadas de óbvias, porém por outro parece inevitável que sejam trazidas à tona. Como exemplo desta categoria eu colocaria a escolha de Julianne Moore, que indica a atuação de Sean Penn em Sobre Meninos e Lobos como uma das melhores da década. Outro exemplo foi a rápida escolha de Morgan Freeman por "qualquer atuação feita por Maryl Streep", que já teve no total 16 indicações ao Oscar, entre melhor atriz e melhor atriz coadjuvante e nem deve aguentar mais ser indicada.


Por outro lado algumas escolhas foram no mínimo inusitadas, como Sam Worthington, que você provavelmente já se cansou de ver nas propagandas de Avatar, escolhendo as atuações de Eddie Murphy como as melhores atuações da década, indicando-as como subestimadas. Uma escolha que pareceu feita bem nas coxas foi a de Jake Gyllenhaal, que indica qualquer atuação de Peter Sarsgaard (nada contra o ator) e ao ter que escolher uma em especial, indica a atuação dele no indicado ao Oscar deste ano, Educação. O engraçado é que Gyllenhaal mal consegue dizer o papel de Sarsgaard no filme, parece que caiu meio de paraquedas por ali e acabou soltando qualquer coisa na tensão.

O resultado final é interessante por não numerar em uma lista os X escolhidos, deixando de lado alguns e gerando as velhas polêmicas que não levam a lugar nenhum das listas de melhores. Além de colocar alguns bons nomes da atuação (outros nem tanto assim) comentando quais foram os melhores da década no seu ramo.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Lobisomem


Definitivamente as assombrações estão em alta. Vampiros e lobisomens são temas de filmes, livros e seriados com qualquer abordagem possível. Sejam os vampiros vegetarianos da saga adolescente Crepúsculo, os vampiros zumbis do livro Noturno coescrito pelo diretor Guillermo Del Toro ou o assustador True Blood na tela da televisão.

Não poderia faltar uma releitura de algum dos clássicos do cinema de terror, e é para cumprir este papel que Benício Del Toro, que apesar do mesmo sobrenome do Guillermo, nada têm de parentesco, chega às telas com Lobisomen, uma nova filmagem do clássico dos anos 40.

Dirigido por Joe Johnston, Lobisomem conta a história de Lawrence Talbot, que volta a sua casa na Inglaterra Vitoriana após a morte misteriosa de seu irmão. Em tempos de 3D e efeitos especiais cada vez mais realista, seria de se esperar que o pilar do filme fosse o lobisomem correndo solto durante a noite. No entanto não foi a intenção dos produtores, entre os quais está o próprio Benício. O filme se constrói envolta das atuação de Benício Del Toro e Sir Anthony Hopkins, que encarna seu pai. A ainda para completar há o detetive da Scotland Yard, Abberline, vivido por Hugo Weaving. Sim, o detetive é o mesmo que caçou Jack, O Estripador, a quem existe referência durante o filme.

O filme não nos apresenta nada a mais do que o esperado. Efeitos especiais regulares, ótimas atuações de Del Toro e Anthony Hopkins e bons sustos são elementos que estão ali. No entanto fica um aviso, se você não é do tipo chegado a filmes de terror e muito sangue, nem se arrisque a assistir ao filme, que chega a beirar o gore em muitos momentos, com cabeças voando, intestinos espalhados pelo chão e afins.

Agora, se o espectador é do tipo que se diverte com tais cenas, aproveite a pipoca enquanto o lobisomem, vestido em trajes finos ingleses da era vitoriana, corre atrás de qualquer coisa que respire e se mova.




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